O Deus que provê

Ângela Christina Néris
2 min readFeb 1, 2024

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¹⁴ E pôs Abraão por nome àquele lugar — O Senhor Proverá. Daí dizer-se até ao dia de hoje: No monte do Senhor se proverá. (Gênesis 22:14)

Muito se é dito, contado, interpretado e aplicado para a atualidade da história da prova de Abraão por Deus.

Em Gênesis 22, temos uma das narrativas bíblicas mais conhecidas, desafiadoras e queridas: o famoso pedido de Deus a Abraão por seu filho Isaque, o herdeiro da divina promessa.

² Toma teu filho, teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá; oferece-o ali em holocausto, sobre um dos montes, que eu te mostrarei. (Gênesis 22:2)

O texto não fala da reação de Abraão, nós só podemos imaginar e cuidadosamente refletir e ponderar o que aquele pedido significava para o patriarca e a sua total falta de sentido aparente.

O autor de Hebreus, séculos mais tarde, joga luz ao capítulo 22 de Gênesis e nos diz que

17 Pela fé, ofereceu Abraão a Isaque, quando foi provado, sim, aquele que recebera as promessas ofereceu o seu unigênito. 18 Sendo-lhe dito: Em Isaque será chamada a tua descendência, considerou que Deus era poderoso para até dos mortos o ressuscitar. 19 E daí também, em figura, ele o recobrou. (Hebreus 11:17–19)

O Deus que provê requer de nós fé, sem a qual é impossível agradar a Deus.

Ele nos guia, direciona e dirige nossos caminhos, e mesmo com a nossa extremamente pequena fé, podemos cair diante dos pés de Cristo e clamar, como o pai do menino endemoninhado em Marcos 9:24 exclamou com lágrimas: “Eu creio! Ajuda-me na minha falta de fé!”.

“A fé vem pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus.”, Romanos 10:17 afirma, e podemos ter a certeza fiel de que imergindo nossos corações e mentes na Palavra Escrita e Encarnada de Deus, crescemos em fé e podemos ter vida, e vida em abundância.

Ele nos concede o querer e o realizar, pois em nossa lida diária, precisamos até do querer obedecer.

O Deus que provê deu um jeito certeiro no problema do mal tornando-se Ele mesmo mal pra que gozássemos do Bem (e fôssemos feitos justos diante do Pai), providenciou a imputação da Sua justiça a nós lançando concomitantemente o nosso pecado em Cristo naquela cruz maldita, aprovisionou a ressurreição de Cristo dos mortos, e assim deu-nos a oportunidade de já viver aqui na dimensão além, pela fé, com os olhos nos céus e os pés ainda aqui deste lado da eternidade.

Que esse período do “já, mas ainda não” seja por nós tido como alento, conforto nos dias maus, graça que como fonte jorra para a vida eterna, transborda e nos prepara para viver para sempre na glória do porvir!

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