Quantos de nós?
Quantos de nós contamos nossas “impossibilhões” de bênçãos?
Quantos de nós pousamos os olhos com gosto na infinitude de bens com os quais o Senhor diariamente nos agracia e admiramos com um espírito embevecido as tremendas trivialidades que nos acontecem todos os dias?
Quantos voltamos como apenas 1 dos 10 leprosos para agradecer e efusivamente beijar os pés do Salvador pela cura milagrosa em nosso coração operada?
Quantos dizemos com o salmista “Que darei eu ao Senhor por todos os benefícios para comigo?” (Salmo 116:12)
Quantos buscamos o Trono de graça com corações extasiados, olhos voltados pro alto, lábios trêmulos e uma tremenda gratidão que extravasa pelos olhos que vertem puras lágrimas de felicidade?
É de fato um bálsamo para a alma ler o registro do que aconteceu com José, ver de perto o seu esforço, perseverança, fidelidade em meio à luta e dificuldades, acompanhar e ser encorajado pela sua confiança inabalável no Deus que estava com ele e o fazia prosperar em todos os seus caminhos.
Seguindo a narrativa de Gênesis, quase já no final desse primeiro livro das Escrituras, no capítulo 48, podemos com cuidado nos deleitar em um versículo ali no meio do diálogo entre Israel e José que pode nos passar desapercebido por estar no meio da narrativa:
¹¹ E Israel disse a José: Eu não cuidara ver o teu rosto; e eis que Deus me fez ver também a tua descendência. (Gênesis 48:11)
Israel já não esperava mais ver José, ele já o tinha dado por morto, e o Senhor não apenas deu a ele o presente indizível de rever José, porém muito além do que sequer podia ele pensar ou imaginar, o Deus amoroso e gracioso Doador de toda dádiva deu ao ancião o ver seus netos Efraim e Manassés.
Quão bondosos feitos, para além da nossa imaginação, o Senhor nos tem feito e agido em nosso favor!
Quão grande graça nos tem sido derramada abundantemente em toda sabedoria e prudência!
Quão grandiosa benevolência e misericórdia e mercê e cuidado Ele nos tem estendido dia após dia, segundo a riqueza da Sua graça?
Queridos, grande amparo para a firmeza na fé é o nosso debruçar diligente e contínuo em porções pequenas da Palavra sagrada. O ruminar versículos aparentemente inofensivos e simples, o meditar zeloso em frases bobas e corriqueiras pode nos levar às alturas do conhecimento do Santo.
A nós, que possivelmente estejamos apenas cumprindo o mandamento de seguir a Cristo e buscá-Lo em sua Palavra, que talvez não cuidemos ver de fato o amor de Deus em cada trecho do seu plano de redenção expresso no Cânone Sagrado, e eis que Deus pode nos fazer ver também ao infinito e muito além!
Avante, irmãos! Vivamos e absorvamos cada letra e til da Palavra que se cumprirá inteiramente, regozijemo-nos no Cristo que escorre de cada palavra das Escrituras e que se fez Palavra encarnada, façamos do Verbo Eterno nosso mote e lema até que Ele nos chame para a Sua glória com Ele para sempre viver!
⁵ São muitas, Senhor, Deus meu,
as maravilhas que tens operado
e também os teus desígnios para conosco;
ninguém há que se possa igualar contigo.
Eu quisera anunciá-los e deles falar,
mas são mais do que se pode contar.
(Salmos 40:5)